O WTTC (World Travel & Tourism Council) divulgou recentemente o seu Relatório anual de Cidades, que abrange 72 das mais importantes cidades turísticas a nível mundial que, juntas, geraram mais de 625 mil milhões de dólares (cerca de 550 mil milhões de euros) para o PIB o ano passado (24,3% do PIB do Turismo global).
O TOP 10 das cidades mundiais a nível de dimensão do mercado de turismo é constituído por:
1. Xangai (35 mil milhões de dólares)
2. Pequim (32,5 mil milhões de dólares)
3. Paris (28 mil milhões de dólares)
4. Orlando (24,8 mil milhões de dólares)
5. Nova Iorque (24,8 mil milhões de dólares)
6. Tóquio (21,7 mil milhões de dólares)
7. Banguecoque (21,3 mil milhões de dólares)
8. Cidade do México (19,7 mil milhões de dólares)
9. Las Vegas (19,5 mil milhões de dólares)
10. Shenzhen (19 mil milhões de dólares).
As principais cidades a nível de criação de emprego são: Jacarta, Pequim, Cidade do México, Xangai, Banguecoque, Chongqing, Deli, Bombaim, Cidade Ho Chi Minh e Shenzhen.
Segundo Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC, “com 54% da população mundial a viver nas zonas urbanas, as cidades tornaram-se hubs económicos globais, impulsionando o crescimento e a inovação. Atraem grandes quantidades de pessoas que viajam para experienciarem a sua cultura, fazerem negócios e viverem. Este crescimento também resultou num aumento do turismo citadino – uma tendência que se prevê manter a dinâmica. O nosso relatório destaca a importância crucial das cidades para o Turismo mundial, e igualmente até que ponto é vital este setor na economia. Realizam-se mais de meio bilião de viagens para cidades todos os anos, representando 45% das viagens internacionais globais”.
De realçar neste relatório:
– Cairo foi a cidade com crescimento mais acelerado em 2017 em termos contribuição para o PIB Turístico (34,4%), seguida de Macau;
– Quatro das cinco cidades com crescimento mais rápido nos últimos 10 anos localizam-se na China: Chongqing, Chengdu, Xangai e Guangzhou.
– Xangai é a maior cidade em termos de volume de Turismo em 2017. Até 2027, Xangai deverá duplicar a dimensão de Paris em termos de cintributo direto do Turismo para o PIB.
– Banguecoque (50,4%), Paris (29,8%), Cidade do México (24,0%) e Tóquio (20,2% são os maiores contribuintes para o PIB Turístico do seu país.
– Em termos de gastos domésticos versus internacionais, Nova Iorque dá o exemplo como cidade com um equilíbrio notável (52,7% vs 47,2%). Por seu lado, Paris depende fortemente dos gastos internacionais e Pequim dos gastos domésticos.
O crescimento dos mercados chineses
As cidades chinesas amadurecerem rapidamente ao longo da última década, e deverá continua a dominar as tabelas de crescimento entre até 2027. Xangai, por exemplo, passou de ser a 8ª maior cidade em termos de PIB Turístico em 2007 para ser a primeria em 2017 – uma posição que deverá manter até 2027. Por sua vez, o crescimento acelerado de Guangzhou irá levá-la à 4ª posição, e Chongqing deverá juntar-se no TOP 15 pela primeira vez. Isto na sequência de um período de desenvolvimento de infraestruturas, incluindo investimentos em aeroportos e um forte desenvolvimento do produto.
Os mercados interno e externo chineses irão impulsionar o crescimento na próxima década, com a maioria dos principais players a manter as suas posições. As cidades chinesas vão continuar a liderar, embora se espere um abrandamento no crescimento. Com exceção de Marraquexe, as cidades no TOP 10 do crescimento mais acelerado do PIB turístico na década seguinte estão na região da Ásia Pacífico.
Guevara prossegue: “com tamanho desempenho das cidades a nível mundial, e o grande crescimento das cidades a nível do Turismo, resultam grandes oportunidades. Este Relatório demonstra a força do Turismo e o seu impacto económico não só a um nível macro mas ao nível das bases. Um setor turístico vibrante pode estimular o investimento, preservar e promover a herança cultural, e catalisar novas atividades tais como investigação, tecnologia ou economia criativa. Planear e gerir o crescimento de forma a que seja inclusivo e sustentável – com o bem-estar das comunidades que vivem e trabalham em tais cidades – precisa de estar no topo das prioridades dos governos locais, trabalhando em parceria com o setor privado”.