As expectativas dos hoteleiros portugueses para o Verão que aí vem são, indubitavelmente, positivas. De acordo com o Inquérito AHP Monitor – &Perspectivas Verão 2014&, realizado entre 20 de Maio e 30 de Maio, e que tem por base as reservas feitas ao momento, apresentado ontem, por Cristina Siza Vieira, presidente da direcção executiva da AHP, no Hotel Tiara, em Lisboa, 42% dos hoteleiros esperam uma taxa de ocupação quarto entre 61 e 80% e 48% entendem que os números relativos à taxa de ocupação superarão os de 2013. Para Cristina Siza Vieira, um dos dados a ser destacado é o facto de &em 2013, 51% dos hoteleiros acharem que o preço médio ia ser pior e apenas 16% acharem que ia ser melhor e em 2014, realmente ter havido uma volta de 180º.Este ano, apenas 4% esperam que o preço médio por quarto vendido seja pior, contra 46% que acham que será melhor&.& Segundo os resultados, os principais mercados da hotelaria para o Verão 2014 serão o nacional, o espanhol e a França. &Destaque para a evolução do mercado francês que passa de 6º mercado para 3º em 2014&, frisa a responsável.O destino&Açores é&onde se espera a pior taxa de ocupação e pior desempenho do mercado nacional. &Os nossos colegas hoteleiros dos Açores ainda não sabem que voos há em 2015&, lembrou Luís Veiga, presidente da AHP, apelando ao diálogo entre o Governo Regional do Arquipélago e o Turismo de Portugal.RevPar aumenta 6,12% no 1º trimestre& De acordo com os dados da AHP, existe uma tendência positiva em todos os indicadores da hotelaria. Em comparação com os números do ano passado, a taxa de ocupação por quarto cresceu 1,77%, o RevPar 6,12% e o preço médio por quarto 1,74%. & No que diz respeito à taxa de ocupação quarto, no primeiro trimestre a melhor performance foi a da Madeira, seguindo-se o Alentejo e as Beiras. No entanto, e de acordo com Cristina Siza Viera, em &termos absolutos, o 2º destino com melhores resultados no primeiro trimestre foi Lisboa&. Em relação ao RevPar, a melhor performance é da Madeira (38,02 euros), Lisboa (37,16 euros) e Açores( 12,17 euros), uma vez que foram os que mais aumentaram o preço em relação ao ano passado, e a pior do Minho, Oeste e Coimbra (13,69 euros).&Cristina Siza Vieira destaca o facto de, neste primeiro trimestre, &Março ter sido o mês com melhores resultados à excepção do Algarve e do Estoril/Sintra&, onde o fenómeno Páscoa é muito influente.Já Luís Veiga, presidente da AHP, salienta o facto de, no que diz respeito ao RevPar, a hotelaria portuguesa ainda ter um longo caminho pela frente, uma vez que estes resultados estão ainda aquém da média anual do RevPar que ronda os 40 euros. Para o responsável, as perspectivas é que &só em 2015, se consiga recuperar os números de 2002&; principalmente no Algarve, que é um destino que sofre muito com a sazonalidade e com a queda do mercado nacional, que ainda assim já dá sinais de retoma.Por Raquel Pedrosa Loureiro