A AHP (Associação da Hotelaria de Portugal) revelou os resultados de 476 estabelecimentos hoteleiros portugueses para o Natal e Réveillon 2023, num inquérito que decorreu de 2 de janeiro a 21 de janeiro.
Em relação à época do Natal (22 a 26 de dezembro), a taxa de ocupação, a nível nacional, subiu apenas 1 p.p. face a 2022, ficando assim nos 51%. A R. A. Açores, a R. A. Madeira, o Algarve e o Alentejo apresentaram uma descida na taxa de ocupação face ao ano anterior (27%, 66%, 40% 35%, respetivamente). Centro, Lisboa e Norte foram as únicas regiões que cresceram na taxa de ocupação (44%, 56% e 49%, respetivamente).
Para este período, o preço médio por quarto (ARR) subiu 5% a nível nacional, ficando nos 124 euros, tendo os Açores apresentado a subida mais expressiva (115 euros, +26,3%), ao contrário da Madeira e do Algarve que ficaram aquém das expectativas do preço (120 euros, -19% / 94 euros, -6%, respetivamente). Por sua vez, o Alentejo ficou acima do preço esperado (150 euros, +22%).
No top 3 de mercados, 79% dos hoteleiros inquiridos apontaram Portugal, 38% os EUA e 36% o Reino Unido. Todavia, face ao ano anterior, os mercados português, francês e espanhol desceram na incidência do top 3.
No período do Réveillon (30 de dezembro a 2 de janeiro), a taxa de ocupação diminui apenas nos Açores e no Algarve (-25 p.p. e -3 p.p., respetivamente), tendo a média nacional ficado nos 70% (+9 p.p.). As restantes regiões cresceram.
Em relação ao preço médio por quarto, no final do ano de 2023, apenas a região Centro ficou em queda (-3,8%) face a 2022. As restantes regiões subiram, menos Lisboa que manteve o ARR do ano anterior. A nível nacional, o preço médio foi de 173 euros, uma subida de 5,5%.
Sobre o top 3 de mercados, a maioria dos hoteleiros continuou a apontar Portugal, 34% apontou Espanha, 32% o Reino Unido e 31% os EUA. Todavia, os mercados português, espanhol, britânico, francês e brasileiro experimentaram uma queda nesta incidência do top 3.
Em relação aos dados dos Açores, Bernardo Trindade e Cristina Siza Vieira, da AHP, explicaram que a diminuição da operação da Ryanair de 14 para dois voos semanais para o arquipélago impactou a hotelaria da região.
Por Diana Fonseca
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