A AHP (Associação de Hotelaria de Portugal) comunicou, junto da imprensa, os resultados dos inquéritos realizados aos hoteleiros sobre o impacto da JMJ (Jornada Mundial da Juventude), que se realizou de 31 de julho a 6 de agosto, em Lisboa.
Parece que as expectativas iniciais da hotelaria para este evento, avaliadas pela primeira vez em junho, “ficaram aquém” da realidade que se verificou no mês de agosto – apontavam para 89% de taxa de ocupação e a verdadeira taxa foi de 85% na Área Metropolitana de Lisboa. Só na cidade de Lisboa esperava-se uma taxa de ocupação de 91%, porém não foi além dos 77%.
Os preços médios também ficaram longe do esperado, sendo que na AML se esperava ficar nos 219€ e o valor real foi de 196€; a cidade Lisboa em si tinha uma perspetiva de 225€ e acabou por ficar nos 221€.
Mais de metade dos inquiridos apontaram a estada média entre três a cinco noites, com apenas 8% a referir que os hóspedes ficaram mais de seis noites.
A nível de mercados, na Área Metropolitana, Espanha ficou no top 3, segundo uma grande parte dos inquiridos, seguindo-se Portugal e os EUA. Na cidade de Lisboa, parece que o principal mercado foram os EUA, depois Espanha e Brasil.
71% das reservas foram feitas na Booking, mas 68% dos inquiridos apontam um crescimento notável nas reservas através do website próprio.
Em geral, os hoteleiros consideram o impacto da JMJ positivo.
Mês de agosto 3% abaixo dos registos de 2022
A performance geral de agosto foi melhor do que a semana da JMJ, mas ficou abaixo da registada no mesmo período do ano passado. Na AML houve uma baixa de 2% e na cidade de Lisboa houve uma descida de 3%.
Por sua vez, os preços médios subiram em ambos os casos, um crescimento de 10% na AML e de 12% em Lisboa, face a 2022.
Já a estada média não registou alterações entre agosto do ano passado e agosto deste ano. A área metropolitana registou três a cinco noites e Lisboa apontou uma a três noites – o efeito de uma cidade de short break”.
Por Diana Fonseca