A AirVenture está em fase de desenvolvimento, após o arranque no início do ano. Para Luís Henriques, diretor-geral da Airmet, existem conversações com agências para entrada no segundo semestre do ano, altura em que a empresa pode avançar para Sociedade Anónima. Em curso está também o processo de recrutamento de um diretor-geral.
Fazendo um ponto de situação ao desenvolvimento da empresa, que foi apresentada no início do ano, a Air Venture tem neste momento 10 sócios: Airmet, Agência Gomes Alves, Consolidador.com, Leiriviagem, Tropical Season, Via São Jorge, Dreamgrow, GoDiscover, Euromar e Atlantic2You. Sendo que a entrada das últimos quatro ficou finalizada na semana passada. Para Luís Henriques, “se em 2021 as vendas do BSP significaram um valor de aproximado aos 700 milhões de euros, nós estamos atualmente com capacidade de garantir 8 a 10% desse valor. Se apenas uma empresa garantir esse valor, estamos a falar de tudo menos de um flop (quando questionado, que havia quem considerasse no mercado o arranque do projeto como um flop)”. Relembra o responsável que “existem processos semelhantes a este, tanto em Portugal como em Espanha, tivemos que adaptar o nosso modelo, conseguimos já hoje condições comerciais muito grandes, temos valores de segmentos que mais ninguém paga no mercado”.
Considera Luís Henriques que “entendo que haja quem queira que sejamos um flop. Aliás, estamos completamente isolados no mercado hoje em dia. Somos um grupo que tem emergido em termos de crescimento, temos uma rede (Airmet) que estabilizou numa média de 250/260 agências mas que hoje tem 315. Somos um grupo que não está ligado ao poder instituído, aos grandes meios de influência, como associações e outros grandes grupos. Concorremos diretamente com estes grupos”. Indica ainda o responsável que “o nosso principal concorrente tem ligações mais abrangentes. O próprio Consolidador.com, para criar a Air Venture, saíu de um grande grupo nacional. Não somos um grupo que está em linha com aquilo que o mercado espera. Somos um outsider, sendo um espaço que nos agrada ocupar, obriga-nos a ser mais criativos, dinâmicos e inovadores. Na prática, entendo e percebo que a concorrência diga que é um flop, é uma estratégia”.
Avançando, indica então o responsável que “estamos a arrancar com o projeto, temos algumas agências que entrarão no segundo semestre, pois os contratos com as companhias aéreas são semestrais. Acredito que nessa fase passaremos a Sociedade Anónima . Diria que conseguimos atingir agências que, de outra maneira, não conseguiríamos se não tivéssemos este modelo”. Avança ainda que “temos negociação com outras agências. Internamente, assumi as regras do processo de recrutamento para um diretor. Estamos em negociação próxima com quatro agências com alguma dimensão”. Para Luís Henriques, “a Air Venture permite ter uma oferta transversal a todo o mercado, seja a uma agência com dimensão pequena, tenha ela maior dimensão. Com o desenvolvimento da Air Venture não há nenhum grupo de agências que tenha melhores condições comerciais. Aliás, seria aquilo em que teríamos menor capacidade em anos anteriores, neste momento conseguimos compensar”.
Por Pedro Chenrim, na Convenção da Airmet, na Madeira.