A imagem do Tivoli Marina Vilamoura Resort é já icónica na paisagem de Vilamoura, lembrando um grande navio atracado na marina há já 36 anos mas que se apresenta agora totalmente renovado, com o objetivo de posicionar o destino num novo patamar.
“Estávamos numa zona de conforto, agora estamos a tentar ir um passo mais à frente para que possamos continuar a investir em prol do destino”
Foi em 2017 que Hugo Gonçalves, atual general manager do hotel, chegou ao Tivoli Marina Vilamoura, com a Minor Hotels, assumindo-se como “um diretor geral de capacete”. Ou seja, desde essa altura que o responsável e a sua equipa não pararam e, mesmo em pandemia, os projetos de remodelalação foram avançando, no sentido de “posicionarmos o resort onde o visionámos quando a Minor chegou”, explica o responsável. A verdade, admite, é que o hotel se encontrava num processo de estagnação, bem como a própria região. “Estávamos a viver dos frutos que plantámos durante muitos anos”, explica. Mas a necessidade de atualização já se fazia sentir com intensidade. “Estávamos numa zona de conforto, agora estamos a tentar ir um passo mais à frente para que possamos continuar a investir em prol do destino”, sublinha Hugo Gonçalves.
O projeto de renovação dos 383 quartos – distribuídos por nove pisos e incluindo 21 suites – teve como objetivo principal dotá-los de simplicidade e funcionalidade. As cores neutras juntam-se aos tecidos leves, criando a sensação de profundidade e de ligação ao mar e à marina. A vista, para a marina ou para o mar, é sempre especial e as varandas permitem que o hóspede desfrute da paisagem na maior das privacidades e do conforto. Para que fosse o mais funcional possível, respondendo às exigências dos vários tipos de clientes, o quarto passou a estar dotado de uma panóplia de fichas que facilitam a estadia. E a iluminação noturna foi também muito pensada para criar um ambiente acolhedor. Por outro lado, as áreas dos quartos são generosas e as varandas ganharam novo mobiliário exterior.
A gastronomia foi outro dos aspetos em destaque neste processo de remodelação. E começou logo pelo quarto já que, em vez de disponibilizar um menu de room service, o Tivoli Marina Vilamoura passa agora a oferecer aos hóspedes a possibilidade de in room dining, ou seja, “a experiência de um restaurante no quarto”.
Ainda na vertente gastronómica, há mais novidades. No lobby, o cliente poderá deliciar-se com a pastelaria francesa do Chef Patrick no Glee Boutique Café, agora também de portas abertas para o exterior com o intuito de “reverter a hotelaria mais tradicional”, explica Hugo Gonçalves. Aqui pode experimentar cappuccinos, chás, macarons ou trufas de chocolate, num conceito que se quer mais disruptivo.
Surge também o The Argo Cocktail Bar, um espaço situado no terraço sobre a Marina de Vilamoura, e acessível a partir do elevador que se encontra nesta infraestrutura. As referências londrinas são evidentes, bem como o ambiente náutico que também nos transporta à época dos Descobrimentos e da Rota da Especiarias. E as propostas são muitas, numa mistura de sabores, cheiros e sensações que nascem nos diferentes cocktails, desde o Golden Fleece ao Sailor’s Death, passando por outros nomes sugestivos como o Olympus, o Apollo ou o Argus, entre muitos outros. O general manager do hotel refere que se trata de um bar mais noturno que quer ser “uma referência a nível nacional e internacional a nível dos cocktails, algo que faltava no destino Vilamoura”.
Outro novo espaço a nível da gastronomia é o Voyage, a sala de pequenos-almoços que se transformou num restaurante e que, devido à sua versatilidade, permite oferecer almoços em ambientes distintos. Conta com oito tipologias de cadeiras, espaços que podem ser delimitados com vegetação, zonas de interior e de exterior. No verão, quando a capacidade do hotel chega às 900 pessoas, e o mercado nacional acaba por estar mais forte, é possível oferecer jantares temáticos.
O Purobeach Vilamoura já existia e mantém a sua ligação ao mar, na praia de Vilamoura, com uma oferta de mariscos e peixe fresco, bem como uma cozinha internacional que vai de Melbourne a Miami e Marraquexe.
Por fim, o Pepper’s Steakhouse, não é novo mas beneficia agora de uma nova estratégia de comunicação. Isto porque já antes beneficia de uma adesão considerável de não hóspedes, sendo o número no TheFork na região do Algarve. Agora abriram-se as portas para o exterior, e conta com uma nova rede social, o Instagram com o objetivo de “promover e cativar os clientes não hóspedes para a melhor steakhouse do Algarve”, refere Hugo Gonçalves. O elevador panorâmico na Marina de Vilamoura facilita esta estratégia.
Por trás de todas estas transformações e inovações estão o Chef André Bastos e o diretor de F&B Rui Lopes, explica o general manager do Tivoli Marina Vilamoura.
Deixando a gastronomia de lado, as outras grandes alterações são nas zonas comuns do hotel, apresentando-se agora o resort com um ambiente contemporâneo onde prima o mármore no chão e umas colunas imponentes no lobby de entrada, As cores neutras voltam a dominar, contribuindo para uma sensação de tranquilidade. A componente cultural mantém-se muito viva, já que é o próprio ADN deste hotel, frisa Hugo Gonçalves, com as bibliotecas de interação e de partilha de livros, os jogos sociais e algumas peças de arte de artistas de renome.
Lá fora, a piscina viu o seu tanque reduzido em 30%, com uma redução significativa em termos de consumo de água e com maior acessibilidade devido às novas rampas de acesso. Além disso, ao redor do jardim foi eliminado um riacho que começava na zona oeste do resort e o jardim ganhou novos espaços, permitindo maior privacidade aos hóspedes. Hoje são 42 as palmeiras já plantadas mas a meta é chegar às 70. Nesta zona ainda, e até maior, deverá estar concluído um novo bar orgânico, mais ligado à sustentabilidade.
Outro espaço que Hugo Gonçalves quis destacar foi o Centro de Congressos do Algarve que tem hoje capacidade para acolher até cinco mil pessoas. Abriu em 2019 e veio, diz o responsável, contribuir para a pegada que a marca Tivoli quer deixar no destino. “É um investimento que quebra o grande calcanhar de Aquiles do Algarve, que era a sazonalidade”, explica o general manager do Tivoli Marina Vilamoura. Ou seja, “está feito para ser ocupado nos seis meses mais difíceis do Algarve”, e a verdade é que “hoje podemos trabalhar 12 meses”, resume.
Por Inês Gromicho, no Tivoli Marina Vilamoura Hotel.