O setor da viagens está expectante relativamente ao comportamento do consumo nas próximas semanas. Desde o início do ano que se verifica um boom de compra de viagens. Na rede Airmet, em quatro dos seus principais fornecedores, as pré-reservas e reservas já ultrapassam os montantes de vendas de todo o ano de 2022. Mas Luís Henriques, diretor-geral do agrupamento, não acredita que o mercado consiga manter este ritmo. “Dos seis operadores Premium (Newblue, W2M PRO, Icárion, Lusanova, Flexible Autos e Image Tours), em quatro já superámos as vendas de todo o 2022. Acredito que há muita antecipação de venda. O mercado não pode esticar tanto, é completamente impossível. Ninguém no final do ano passado esperaria esta realidade”, indica o responsável. Para o diretor-geral da Airmet “vamos ter que esperar pela reação que se seguirá do mercado e isso poderá fazer toda a diferença. Se o mercado mantiver este crescimento até ao início do verão, diria que podemos garantir algumas partidas de operações pós-verão, em parceria com operadores. Nota-se um público mais novo a consumir viagens, verifica-se isso nas operações charter”.
“Dos seis operadores Premium (Newblue, W2M PRO, Icárion, Lusanova, Flexible Autos e Image Tours), em quatro já superámos as vendas de todo o 2022. Acredito que há muita antecipação de venda. O mercado não pode esticar tanto, é completamente impossível. Ninguém no final do ano passado esperaria esta realidade”
Face a 2019, em 2022 a Airmet terá atingido um crescimento de 15%, e a lista de vendas do top de operadores foi: Newblue, Solférias, Veturis, W2M e Ávoris. No entanto, o responsável ressalva: “temos dificuldade em medir as vendas, conseguimos fazê-lo nos principais operadores, mas dificilmente temos dados sobre os restantes produtos e serviços”.
Airmet sem free-lancers ou “comissionistas”
Na conferência de imprensa, à margem da XIX Convenção do agrupamento de agências de viagens Airmet, Luís Henriques diz que não têm RNAVT partilhado por várias pessoas. De acordo com o responsável, “seremos o único grupo que não tem free-lancers” de vendas de viagens, apesar de “termos algumas agências em home office”, com o respetivo RNAVT. Para o responsável, “não temos solução nem intenção de ter um RNAVT partilhado por várias pessoas, consideramos que não faz muito sentido”. Concluindo, indica que “não temos comissionistas no verdadeiro sentido da palavra”.
Por Pedro Chenrim, na Convenção da Airmet, na Madeira.