A Messe Düsseldorf acolhe, até dia 29 de janeiro, mais de dois mil expositores, vindos de 73 países. É a 50.ª edição da Boot Düsseldorf, a maior feira mundial dedicada ao turismo e desportos náuticos.
No terceiro dia de feira, a Ambitur.pt foi ao encontro de David Rochate, um dos responsáveis da Marina de Portimão, que afirma que o objetivo desta entidade é “colocar novamente na náutica e no mapa, Portugal como destino”. Durante algum tempo, “as estruturas portuguesas não conseguiam investir na promoção. E nós estamos aqui para apostar na divulgação e na promoção daquilo que temos na náutica”, explica.
A Boot Düsseldorf “não contempla só o mercado alemão mas também o Norte da Europa”. David Rochate considera que “muitas pessoas” dessa região do globo “optam por viagens para o Mediterrâneo ou Caraíbas”. Neste ponto, “nós estamos estrategicamente bem posicionados na passagem de barcos. Somos um ponto de paragem para essas pessoas que seguem viagem”.
Para a Marina de Portimão, a presença neste tipo de eventos é, “sem dúvida, muito importante. Quem não aparece, esquece-se”, explica David Rochate. “Já temos pessoas que vêm aqui das outras edições e já conhecem a nossa imagem” Neste momento, “já sentimos que estamos colocados no negócio”, afirma.
O responsável olha para o mercado alemão como sendo “igual a todos os outros”. O mais importante “é ter os serviços para que as pessoas que navegam possam utilizá-los e sejam bem-servidas. Isso é o fundamental”.
Embora ainda seja cedo para fazer um balanço ao terceiro dia de Boot, a Marina de Portimão refere que “já foi bem mais positivo do que no ano passado. Temos mais pessoas, mais procura, mais interesse em querer saber mais sobre o Algarve”. Na verdade, “acho que Portugal voltou a estar mesmo na moda”, comenta David Rochate.
No que toca ao futuro do Turismo Náutico, a perspetiva é de que o setor “está em grande crescimento”. O administrativo lembra que “antigamente, quando alguém tinha um barco, pensava-se que essa pessoa tinha mais posses”. No entanto, hoje em dia, “os preços conseguem ser mais baratos em certos tipos de barco”, o que o torna um “produto muito mais acessível a qualquer pessoa”. Também segundo o responsável, “já não se vê aquele pensamento de que um barco serve para viver”. Há cada vez mais “pessoas a alugar este produto para férias e conseguem conhecer muitos mais sítios”, remata.