A pouco menos de um mês da próxima edição da BTL, a Ambitur esteve à conversa com Dália Palma, diretora gestora do evento, sobre quais os desafios, as expectativas e de que forma podem as empresas rentabilizar ao máximo a sua presença no certame. Publicamos hoje a 2ª parte desta entrevista.
O que nos faltou perguntar sobre a edição da BTL deste ano ou o que nos podem mais adiantar sobre a edição deste ano?
Gostaria de destacar que, além das componentes tradicionais da BTL, continuamos com a aposta na BTL Cultural, porque acreditamos que Turismo e Cultura têm muito caminho para percorrer de mãos dadas; a BTL LGBTI+ sai reforçada, bem como a BTL LAB.
Este ano apostamos também na BTL Formação e Emprego, um espaço dedicado à procura de novos talentos e recursos humanos no sector do turismo e estamos a apostar em conteúdos para apresentar nos vários palcos, com várias temáticas, uns mais específicos outros mais transversais ao sector do turismo. Nesta vertente, apresentamos um novo palco, o palco BPI que pretende apresentar temas com foco na gestão das empresas, através de práticas e case studies.
Como se pretende posicionar no contexto da valorização do turismo nacional?
Pretendemos que a BTL seja vista como uma montra do turismo nacional, promovendo Portugal como um destino diversificado, qualificado e atrativo para viajantes de todo o mundo. A beleza do nosso país está na sua diversidade de sabores, de cheiros, de paisagens, de cultura. Quando percorremos os corredores da BTL e vemos os stands dos municípios ou das CIMs apercebemo-nos da beleza que temos e no muito que há ainda por descobrir.
Os dias ao público da Bolsa de Turismo de Lisboa conseguiram uma consolidação ao nível das vendas, de acordo com as empresas do setor. Hoje é a primeira referência do ano sobre as tendências do consumidor ao nível de viagens no mercado nacional. Ainda é possível ir mais longe? Para além dos agentes de viagens, os hotéis já registam números satisfatórios?
A consolidação dos dias destinados ao público da BTL é um testemunho do sucesso da feira e da sua importância como referência no mercado nacional. Acredito que podemos ir mais longe ao continuar a diversificar as experiências oferecidas aos visitantes, tornando os dias ao público ainda mais atrativos. Queremos envolver não apenas agentes de viagens, mas também hotéis, para que possamos explorar oportunidades adicionais e alcançar um público mais vasto. Acreditamos que os hotéis podem aproveitar melhor a fantástica oportunidade não só para dar a conhecer as suas unidades, mas também para fazerem vendas diretas.
Este ano vamos lançar o Passaporte BTL by TOP ATLÂNTICO, uma iniciativa focada no público, desafiando os visitantes a descobrir os mais de 75 destinos internacionais na BTL e irrecusáveis ofertas de férias em Portugal, além disso temos 100 prémios para oferecer, através do passaporte, como viagens, estadias, cheques viagens, etc.
Qual o trabalho da equipa da Bolsa de Turismo de Lisboa ao longo do ano na preparação da próxima edição?
Na segunda-feira a seguir ao fim da BTL já estamos a pensar no que podemos melhorar no próximo ano, que parcerias podemos fazer e de que forma vamos conseguir inovar. Trabalhar a maior feira de turismo em Portugal, num país que tem neste setor um dos seus motores económicos, é um estímulo que nos leva a procurar sempre mais e melhor.
Quem é a Dália Palma? Qual a sua área de formação? Primeiro emprego? Quando se dá a entrada na AIP, por que cargos passou? Quando o primeiro contacto com a BTL?
Sou uma profissional que se apaixonou pela área dos eventos com mais de 20 anos de experiência na área de gestão estratégica. Sou Mestre em Gestão de empresas e licenciada em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa, atualmente assumo a função de gestora coordenadora da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa e LGW – Lisboa Games Week. Iniciei a minha carreira na área das tecnologias de Informação, na Pararede, posteriormente integrei o Santander onde assumi a direção comercial do Portal Universia. Desde 2010, assumi a Gestão de outros projetos na Feira Internacional de Lisboa (FIL): Feira Internacional do Artesanato (FIA), Intercasa e Lisboa Design Show.
O meu primeiro contacto com a BTL foi enquanto visitante, e ao longo dos anos, tive a oportunidade de assistir à sua evolução e crescimento, o que me motivou a fazer parte desta equipa incrível.
O que há de diferente do turismo para outros setores em que organizam certames?
O turismo é um setor único na sua diversidade e riqueza cultural. Organizar eventos no âmbito do turismo envolve uma abordagem multidimensional, onde a experiência do visitante é crucial. Os desafios e oportunidades no turismo são muito dinâmicos, desde as tendências de viagem em constante evolução até à promoção de destinos específicos. A nossa abordagem é adaptada para refletir essa singularidade e criar experiências únicas que beneficiem todas as partes envolvidas, desde os visitantes até aos expositores e parceiros.
Qual o seu maior desejo para a próxima edição do certame?
O meu maior desejo para a próxima edição da BTL é que seja um catalisador para o crescimento do setor do turismo em Portugal.
Por Inês Gromicho
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