O Governo apresentou hoje o Plano “Reativar Turismo|Construir Futuro” e Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, não hesitou em dizer que “este é um virar de página, seguramente ainda não de um capítulo”. Depois de ter estado presente na Fitur, em Madrid, a governante garantiu que “Portugal continua intacto, na sua notoriedade, no seu reconhecimento e na sua projeção internacional”. Isto, explicou, deve-se a um “esforço individual e coletivo, desde logo dos empresários, dos trabalhadores, que conseguiram sobreviver nestes tempos em que a faturação escasseou”.
Rita Marques recorda que o esforço da parte do Governo também foi “importante”, com a injeção de mais de 2,6 mil milhõers de euros nas empresas do setor. “Mas claro que este valor ficou aquém da faturação que deixou de existir, não é um valor comparável com as necessidades efetivas do setor”, reconhece.
A governante vê com otimismo as “notícias interessantes” que o país teve do mercado emissor do Reino Unido mas alerta: “este é um momento para não baixar a guarda”. Ou seja, os empresários conseguiram resistir, os trabalhadores continuam a trabalhar mas “não podemos baixar a guarda” porque “Portugal atingiu este granjear de simpatia por parte de vários mercados emissores”. O que significa, recorda, que “temos que continuar a cumprir as regras, a garantir que quem nos visita tem uma experiência segura, de excelência mas sobretudo segura para que possamos continuar a celebrar muitos dias e muitas semanas iguais a estas”.
E, depois da paragem forçada provocada pela pandemia da Covid-19, surge então um “plano de aceleração do turismo” no sentido de o reativar e de construir o futuro. Rita Marques afirma que a estratégia delineada em 2017 se mantém “coerente e oportuna” e que “todos os objetivos que atingimos até então podem ser reforçados e temos a ambição de concretizar, em 2027, um nível de receitas turísticas que nos perspetivámos atingir há já uns anos”. Sublinha ainda que “Acreditamos que ficámos com a ambição hibernada durante um ano e meio mas temos condições de voltar à nossa rota de crescimento”.