A TAP precisa de 350 milhões de euros a 400 milhões de euros de financiamento no curto prazo para cumprir os seus compromissos até ao final do ano, disse Humberto Pedrosa ao ECO, e o empréstimo com garantia de Estado é a solução defendida. Mas o Governo, sabe o ECO, inclina-se para outra alternativa, a emissão de obrigações convertíveis em ações como um meio caminho entre o empréstimo e o aumento de capital.
O empresário português garante que a TAP precisa de um empréstimo com garantia de Estado para estabilizar as contas deste ano e, em 2021, depois de ultrapassada esta crise, abrir a discussão sobre um aumento de capital. Mas abre a porta a outra solução, que está em cima da mesa do Governo: “No meu entender, uma solução de empréstimo [obrigações] convertível em ações e acompanhado da entrada de um gestor indicado pelo Estado na comissão executiva seria bem-vinda”, indica o ECO.
O Governo tem, apesar disso, outra solução na manga, que pode evitar a nacionalização direta. Uma emissão de obrigações da TAP convertível em ações e tomada pelo próprio Estado, e que conta para capital.
Uma coisa é certa, indica o Eco: “Para o Governo, se houver dinheiro público na TAP e não houver dinheiro privado, o poder tem de mudar na companhia. O ministro que tutela a TAP é Pedro Nuno Santos, mas a chave da decisão está nas mãos de Mário Centeno, que tem agora outras prioridades. Enquanto isso, os acionistas privados querem acelerar uma decisão, e ainda esta semana vão espoletar contactos com o Governo para pressionar uma decisão”.