O Grupo Pestana apresentou esta quarta-feira, 19 de abril, os resultados financeiros num almoço de imprensa no Pestana Palace, em Lisboa, depois de garantir que as contas estão “fechadas e certificadas”.
No global, a atividade do grupo rendeu, em 2022, 453 milhões de euros, um aumento de 8% face a 2019, onde tinha sido batido o anterior recorde de 419 milhões de euros. O agora “melhor ano de sempre” apresentou um EBITDA de 200 milhões de euros, mais 24% do que no ano de pré-pandemia.
Depois de dois anos complicados para o setor do turismo (2020 e 2021), o Pestana conseguiu consolidar os seus resultados e até diminuir a dívida financeira para os 195,5 milhões de euros, apresentando um resultado líquido de 109 milhões de euros.
Em relação à hotelaria, a faturação em Portugal representou 82% do total, com o estrangeiro a arrecadar 18%, sendo mais de metade (9%) na Europa. No território nacional, a maior fatia de faturação veio da Madeira (34%), seguindo-se o Algarve (19%) e o resto do país (28%).
Só neste setor em que o grupo atua, a taxa de ocupação global ficou nos 63,8%, um decréscimo face a 2019, onde a taxa de ocupação foi de 68%. Em Portugal, a ocupação de 2022 foi de 60,1%. Todavia, este decréscimo justifica-se pelo aumento do portfólio do grupo com mais hotéis e há confirmação que houve mais dormidas e mais hóspedes.
O preço médio global no ano passado também aumentou para os 132 euros, mais 28% que em 2019, onde o preço se estabelecia nos 103 euros. Para o mercado nacional, o preço médio subiu aos 133 euros, quando no ano pré-pandemia estava nos 102 euros. As piores geografias, neste sentido, foram África (excluindo Marrocos) e o Brasil, que começou a recuperar mais tarde do impacto da pandemia.
Já o índice de satisfação global dos clientes Pestana, em 2022, foi de 87%, e em Portugal foi de 88%.
A nível de canais de vendas, os diretos, como sites e call centers, representaram 30% das reservas, mas continua a existir uma predominância de canais como a Booking, responsável por 20% das vendas. Nesta matéria, José Theotónio, CEO do grupo, diz que um bom conhecimento destas ferramentas, ou seja, “bem usadas”, poderão ser parceiras e não concorrentes, no sentido de fazer crescer o mercado para os hotéis Pestana.
Por redação Ambitur
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