Na IV Convenção da Associação Nacional de Locatores de Veículos (ARAC), Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da associação, fez um balanço da iniciativa decorrida no Mosteiro de Alcobaça, a 31 de março. No fim da intervenção, anunciou uma nova plataforma que permitirá, aos associados, terceirizarem serviços que não sejam função da empresa.
“Com vista a proporcionar às empresas associadas todo o apoio de que necessitam no dia-a-dia, está em preparação uma nova plataforma de serviços com vista a que estas empresas possam terceirizar tarefas que não constituam a sua atividade principal”, declarou Joaquim Robalo de Almeida.
O responsável mostrou-se confiante de que “a descentralização de tais tarefas” proporcionará novas oportunidades de crescimento para os associados da ARAC. Aliás, o anúncio vai, em parte, ao encontro do que foi discutido durante os seis painéis de debate apresentados na convenção.
O evento permitiu “refletir sobre a constante mutação da realidade com que as empresas de locação automóvel e de meios de mobilidade leve se deparam nos dias de hoje, nomeadamente fruto da evolução tecnológica desses meios de mobilidade, dos novos modelos de locação e do cada vez maior desenvolvimento da atividade turística”, afirmou Joaquim Robalo de Almeida.
No balanço da convenção, o secretário-geral da ARAC ressalvou “a importância da estratégia da mobilidade, a mobilidade elétrica, o turismo no momento atual e no futuro, a condução inteligente e os veículos autónomos”, bem como “os enquadramentos económicos e jurídicos destas novas atividades” num mercado altamente concorrencial e variável, que exige uma dinâmica de ajustamento empresarial cada vez maior.
Joaquim Robalo de Almeida acredita que as empresas de aluguer de veículos estão a sofrer “uma série de grandes transformações”, que passam além da natureza comercial. Contribuem para o crescimento económico do país e criam emprego, mas cada vez mais se preocupam com a sustentabilidade e “a proteção ambiental”.
Ao mesmo tempo, assiste-se, segundo o secretário-geral da ARAC, ao aprofundamento da digitalização no setor, nomeadamente através “de serviços suportados por sistemas e tecnologias de informação e comunicação, que permitem a acessibilidade de veículos 24 horas por dia, sete dias por semana”.
A complementar estas tendências, está a alteração do ecossistema empresarial. “Para que as empresas possam beneficiar dos avanços tecnológicos”, esclarece o Joaquim Robalo de Almeida, “urge alterar não apenas as ferramentas com as quais se gere uma empresa, mas sobretudo como essas inovações requerem mudanças de cultura e de modelos de negócio”.
No fim do discurso, o secretário-geral da ARAC retomou o assunto da “cobrança de taxas em vias portajadas”, que “extravasou o diploma que lhe deu origem e tem trazido sérios problemas às empresas de aluguer de veículos sem condutor, com reflexos na própria atividade turística”.
Sobre este tema, Joaquim Robalo de Almeida mostrou-se “convicto” de que, “dentro da razoabilidade e do rigor jurídico, será certamente possível rever tal legislação”. Só desta forma a situação concorrencial com os demais países não será desvirtuada, “o que teria implicações muito negativas para a economia nacional”.
O discurso do secretário-geral da ARAC teve lugar na sessão de encerramento da IV Convenção da associação, que decorreu no passado dia 31 de março, no hotel Montebelo – Mosteiro de Alcobaça.
Por Redação da Ambitur, na IV Convenção da ARAC, em Alcobaça.