A pandemia não colocou a MSC Cruzeiros borda fora. A companhia de navios de cruzeiro cresceu 50% no último ano face a 2019, revelou Eduardo Cabrita, responsável para Portugal, e a tendência é de manter os números a subir, ligeiramente.
Numa visita ao MSC Euribia, que realizou a sua primeira viagem zero emissões e que agora atraca em Lisboa, na sequência de um itinerário de nove dias, a companhia de cruzeiros falou dos resultados animadores de 2023 e da perspetiva positiva para o segmento ESG e sustentabilidade – principalmente com este navio que é movido a LNG (gás natural liquefeito).
Com o futuro no horizonte, Linden Coppell, vice-presidente de sustentabilidade e ESG da MSC, revelou que a companhia tem parcerias para estudar e desenvolver o uso de hidrogénio verde como futuro combustível para os navios de cruzeiro. Com o objetivo de chegar às zero emissões até 2050, a responsável afirma que é fundamental apostar na inovação, além de otimizar os itinerários para que sejam mais sustentáveis.
Procura cresce entre as famílias e Mediterrâneo é o preferido dos portugueses
Em relação às vendas e reservas da MSC, Pedro Vasco, diretor comercial, frisou que este é “um momento fortíssimo”, contando que em Lisboa chegarão e partirão 19 cruzeiros na temporada (que começa em abril e termina em novembro). “Os camarotes múltiplos para famílias e os camarotes económicos começam a ficar indisponíveis”, revelou.
De forma geral, o segmento familiar é o que mais tem crescido para o setor dos cruzeiros, porque “os navios têm cada vez mais oferta nesse sentido”, explicou ainda Eduardo Cabrita. Mas o crescimento é transversal a todas as faixas etárias e a realidade é que 36 milhões de passageiros de cruzeiros representam apenas 2% da população viajante no mundo: “há espaço para crescer e para mais itinerários”, confirmou.
Para os portugueses, que a partir de abril podem embarcar a partir de Lisboa, sem necessidade de se deslocar até ao porto de Barcelona, o itinerário do Mediterrâneo “continua a ser o destino preferido”, devido à proximidade. Segue-se o norte da Europa, as Caraíbas e os Emirados Árabes Unidos.
Questionado pela possibilidade do embarque na capital portuguesa tirar passageiros a Barcelona, Eduardo Cabrita não revelou a tendência, pois o crescimento do mercado de cruzeiros trará bons números às duas cidades.
Por Diana Fonseca