Debater o turismo industrial em Portugal e a importância das Rotas Açores na estruturação da oferta turística foi o objetivo do webinar que se realizou hoje, na Ilha do Faial, resultado de uma organização da Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia dos Açores e do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial, do qual o Turismo de Portugal faz parte. A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, proferiu algumas palavras no início deste evento e fez questão de sublinhar que “os Açores têm um enorme potencial na área do turismo industrial”.
A governante lembrou que há várias indústrias neste arquipélago que podem desempenhar “um papel extremamente importante no desenvolvimento do produto turístico” neste segmento, destacando como exemplos a indústria baleeira ou as agroindústrias, nas áreas das conservas, do ananás, do chá, do café ou dos laticínios. Recordou também que “temos muito para fazer mas também temos as condições para fazer bem”, apontando os apoios financeiros disponíveis da parte do Turismo de Portugal a este tipo de projetos. “Recordo que temos a linha de apoio à qualificação da oferta e o próprio programa Valorizar, que será anunciado muito brevemente, com uma nova designação, e em breve abriremos uma nova call nesta linha”, esclareceu Rita Marques.
A secretária de Estado do Turismo disse ainda que o programa de estruturação da oferta do turismo industrial foi lançado em janeiro de 2020 pois, “para o Turismo de Portugal era muito óbvio que era necessário trabalhar na estruturação” desta oferta, conseguindo assim “uma oferta turística mais diferenciadora, ancorada nestes ativos imensos que vão salpicando o nosso território, também nos territórios de baixa densidade”. E, para a oradora,este é um ponto importante pois na Estratégia Turismo 2027 “há uma grande preocupação em captar o mercado nacional e internacional também para estes territórios de baixa densidade”.
Rita Marques garante que este é um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Turismo de Portugal, sempre em estreita colaboração com o Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industria e com as diversas entidades regionais. “Neste momento temos mais de 400 recursos em várias regiões do continente, e também nos Açores, com potencial para uma oferta de turismo industrial”, assegurou.
Entretanto, lembrou que ainda este ano, e em 2020, se organizaram várias ações de capacitação para os agentes do setor, “sempre apostando na melhoria das condições de visitação”.
“Continuaremos a fazer este caminho”, salientou a secretária de Estado do Turismo, que fez questão de frisar que, num futuro próximo, haverá mais ações de capacitação, já a decorrer entre o final deste ano e o primeiro trimestre de 2022, bem como uma formação executiva em turismo industrial, na Academia Digital, que está em preparação e que deverá ser lançada no início de 2022.
“Temos vindo a pautar um caminho de forma sólida, tentando identificar estes recursos de património industrial e esta indústria viva que tem condições de visitação”, concluiu Rita Marques, acrescentando que também tem habido um trabalho junto dos serviços turísticos associados no sentido de garantir que o turista tem uma experiência de excelência. E destacou o “enorme entusiasmo” da Direção Regional de Turismo dos Açores que se envolveu “desde o primeiro momento neste projeto, sempre identificando potenciais recursos da região que pudessem ser a tal indústria viva e visitável”.
“Sabemos que Portugal tem sabido sempre manter intactos os seus principais ativos na área do turismo, e a nossa indústria viva é um exemplo disso mesmo”, sublinhou a governante.