O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que as receitas da TAP superam atualmente o previsto no plano de reestruturação e que o facto de ainda não haver aprovação de Bruxelas não põe em perigo a implementação da estratégia. “O facto de o plano de reestruturação não ter sido ainda aprovado não faz perigar a estratégia, nem a implementação do plano de reestruturação que nós estamos a implementar ao mesmo tempo que o estamos ainda a negociar com Bruxelas [Comissão Europeia], mas ele está a ser implementado”, disse aos jornalistas Pedro Nuno Santos, à margem da assinatura de acordos de colaboração entre as Câmaras Municipais de Gondomar e Baião e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em Baião, citado pela agência Lusa.
O ministro realçou que “a verdade é que a TAP hoje tem já um nível de receitas que supera aquilo que estava previsto no plano de reestruturação”.
Questionado sobre o aumento do absentismo dos tripulantes de cabine da TAP, referido pela administração, Pedro Nuno Santos afirmou que a TAP “é uma empresa que vai tendo problemas ou dificuldades circunstanciais que vão sendo superadas pela sua gestão” e que têm de ser encaradas com “naturalidade”.
Segundo uma mensagem da administração da TAP, no fim de semana, o absentismo dos tripulantes de cabine sofreu um “aumento expressivo, e acima da média”, com baixas de curta duração e ausências, “comunicadas em períodos inferiores a 24 horas”, que afetam a operação da companhia aérea.
“O que acontece é que nós hoje também acompanhamos a vida da TAP – e bem – ao minuto e, por isso, esmiuçamos tudo o que acontece na vida da empresa e, por isso, temos de dar algum caráter de normalidade a uma empresa que está a fazer o seu caminho, mas sobre um momento muito difícil e está a recuperar”, defendeu o governante.
O ministro das Infraestruturas reiterou que o facto de a TAP estar a recuperar dos efeitos da pandemia de covid-19 é “muito importante para o país”. “Eu quero só lembrar – porque nós precisamos de fazer uma discussão séria sobre o tema – se a empresa não fosse nacionalizada, ela falia. Era disto que estávamos a falar, não era nacionalizar ou ser privatizada, era o Estado intervencionar a empresa, ou ela fechar e falir e isso tinha um impacto muito negativo no país, na recuperação económica do país, na recuperação turística do país e, portanto, na vida dos portugueses”, sublinhou Pedro Nuno Santos.