Há quem fale num “novo” normal e no impacto que poderá vir a ter nos comportamentos da sociedade. Hoje é possível, através da digitalização, realizar-se reuniões ou, até, dar início a bons negócios, evitando deslocações e, com isso, reduzindo custos. A segunda edição das “Tourism Talks”, promovida pela Message in a Bottle, debruçou-se sobre o “Tourism Distribution: Healing Solutions”.
É precisamente no turismo de negócio e no corporate que o CEO da TravelStore, Frédéric Frère, se fundamenta, acreditando que este “novo” normal será provisório: “Não temos alternativas senão comunicar desta forma e as videoconferências vão certamente substituir, temporariamente, as reuniões físicas” até que haja um controle sobre a doença. E há dois fatores que vão influenciar esta retração das viagens: “Por um lado, a questão sanitária, por outro, a razão económica”. No entanto, o responsável atenta que “as pessoas precisam de estar juntas e de fechar negócio”. Além disso, os meios de comunicação, como o telefone, a internet e, agora, as videoconferências são os impulsionadores para que haja mais viagens: “Estes meios estão, de facto, ao serviço da indústria das viagens”, mas impulsionam nas pessoas a “vontade de estarem juntas”.
A visão de Frédéric Frère é de que a “normalidade irá voltar”, embora haja uma “acentuação de alguns fenómenos de consumo e modos de comunicar”, afirma, acreditando que, “no futuro, não vai haver menos viagens”.