A Turim Hotels, para além dos sete projetos anunciados, cujos processos estão em andamento, avançará em breve com a sua entrada em Aveiro, cujo negócio estará concluído. Em declarações a ambitur.pt, Luís Santos, diretor comercial do grupo, indica que “a Turim Hotels continua em franco crescimento, é notório e reconhecido pelo mercado. A marca está consolidada, seguindo um crescimento consolidado”. De acordo com o responsável, “há novidades e vão aparecer dentro em breve, não vou revelar o nome, mas já estamos em Aveiro, a novidade que temos no grupo”. Relativamente a outros investimentos indica o responsável que “estamos a fazer as renovações de alguns hotéis já existentes”, ao mesmo tempo que estão a decorrer os processos de unidades já anunciadas em Lisboa do Turim Avenida da República, Turim Praça do Comércio e a ampliação do Turim Lisboa Hotel, nos Açores o Turim Infante Hotel (Ponta Delgada), em Évora o Turim Hotel Évora, em Coimbra o Turim Rainha Santa Hotel, e em Sintra o Turim Sintra Palace Hotel.
Relativamente às operações e em jeito de balanço, refere o responsável que “tivemos um crescimento mais notório em 2023, comparativamente com 2022, tanto em termos de ocupação, como também o preço médio aumentou significativamente. Lisboa e Porto conseguiram fazer vingar e passar a mensagem do produto que oferecem, sendo que o cliente aceitou os preços novos que estas duas cidades estão a praticar”. O grupo Turim assistiu também a um crescimento ainda significativo, comparativamente com outros segmentos, por parte da tour operação, “o que nos leva a acreditar que os clientes começaram a ter mais confiança em fazer as suas reservas pelas agências de viagens e pelos operadores, apesar das OTAs terem um peso muito significativo nas vendas dos hotéis e não terem perdido o seu posicionamento”, enquadra o entrevistado.
Quanto às perspetivas para 2024, a Turim Hotels admite que vai ser um bom ano, apesar da época de inverno estar a reagir como o fazia antes pandemia, com uma maior diferença entre a época baixa e época média alta. Para Luís Santos, “o inverno voltou a ser o inverno, mas isto também nos traz responsabilidades, não podemos fazer disparates ao nível do preço, pois o produto existe, está renovado e se vale um preço não podemos oferecer metade só porque é janeiro. Esta gestão tem que ser feita com muita cautela”. Relativamente ao futuro, até final do ano, se nada de relevante acontecer, tudo indica que 2024 “será bom em termos de resultados, mais em termos de preço médio do que em ocupação, pois já não há muito mais para expandir em termos de ocupação, comparativamente com 2023”, explica.
O diretor comercial do Turim Hotels alerta ainda que “o maior desafio do turismo nacional para 2024 é ter coragem de fazer barulho em novos mercados, alguns dos quais se investiu nos últimos anos mas que, por exemplo, institucionalmente se abandonou e se deixou nas mãos dos empresários, como o caso do Médio Oriente, o qual continuamos a desenvolver. Está a faltar arrojo e coragem para voltar a pegar em determinados destinos e mercados onde estávamos a desenvolver trabalho”.
Relativamente ao mercado espanhol, tendo em conta que as declarações foram recolhidas no âmbito da FITUR, maior certame turístico de Espanha, refere o entrevistado que “o mercado espanhol quase que se une ao mercado nacional. É muito importante para a realidade dos Hotéis Turim, está no Top 5. Fazemos neste mercado ações pontuais ao longo do ano nas principais cidades, para manter o ritmo de procura e para continuar a cimentar a marca do grupo que já começa a ter relevo em Espanha, trabalho de uma equipa”.
Por Pedro Chenrim, na Fitur, em Madrid