O World Travel & Tourism Council (WTTC) pede aos Governos que abandonem o conceito de “países de alto risco” e se concentrem antes na maneira como os “viajantes de alto risco” individuais são tratados nas fronteiras.
Tal abordagem poderia levar a uma retoma das viagens, garantindo que apenas os que estão infetados são forçados a fazer isolamento enquanto que os viajantes que testam negativo podem continuar a viajar em segurança, cumprindo os protocolos de higiene e o uso de máscara.
Para Gloria Guevara, presidente e CEO da WTTC, “o risco baseado em países inteiros não é eficaz nem produtivo. Redefinir o risco na direção dos viajantes individuais será essencial para abrir a porta ao regresso seguro das viagens internacionais. Precisamos de aprender com experiências e crises anteriores tais como o 11 de setembro. Não podemos continuar a rotular países inteiros como sendo de «alto risco» o que presume que todos estão infetados. Embora o Reino Unido esteja atualmente com elevados níveis de infeções, é claro que nem todos os britânicos estão infetados; e o mesmo se passa com todos os americanos, espanhóis ou franceses. A realidade é muito mais complexa. Não apenas estigmatiza uma nação inteira como também trava as viagens e a mobilidade quando muitas pessoas que testam negativo nas partidas e chegadas podem viajar em segurança sem exportar o vírus”.
E acrescenta: “Acreditamos fortemente que implementar um regime de testagem abrangente e o uso de tecnologia é a única forma prática de restaurar as viagens internacionais em segurança. Além disso, um programa de testagem abrangente será menos caro do que o custo económico de quarentenas e confinamentos. Este novo foco evitaria exportar o vírus e permitira a liberdade de movimento dos viajantes, cumprindo protocolos de higiene avançados como o uso de máscara e o distanciamento social.”