As viagens de negócios foram um dos subsetores do turismo mais afetados durante a pandemia da Covid-19, com um novo estudo a 1400 viajantes de negócios regulares a indicar que 93% reduziram as suas viagens em trabalho, em média 60%, desde que a pandemia começou (78% para quem tem mais de 55 anos). Mas há motivos para um otimismo cauteloso já que 84% dos viajantes de negócios confirmam que viajariam agora se as medidas de segurança adequadas estivessem em vigor, um número que sobe aos 87% nos viajantes frequentes, segundo indica um estudo da Amadeus.
Teletrabalho, reuniões virtuais internas e externas, e conferências online demonstraram o seu valor durante a pandemia e vão continuar a ter um papel. Porém, a boa notícia é que os viajantes corporativos estão desejosos de voltar “à estrada” já que as reuniões presenciais continuam a ser importantes nos negócios e na construção das relações.
De acordo com o inquérito Amadeus Rebuilding Business Travel, mais de sete em cada 10 viajantes (71%) querem voltar a viajar. Para aqueles que viajam mais do que 15 vezes por ano, o desejo é ainda maior. Somente 3% dos inquiridos afirmam não desejar voltar a viajar.
O desejo de viajar em trabalho é impulsionado por fatores humanos com os viajantes a sentirem mais falta de “ver os clientes e colegas cara-a-cara” e de “partilhar ideias em reuniões presenciais”, seguindo-se de perto os aspetos sociais como “partilhar uma refeição”.
Quando se trata de retomar a confiança, os viajantes frequentes sublinharam cinco medidas em nove opções, sugerindo que com a indústria do turismo e os governos a trabalharem juntos para implementar novas medidas de segurança contra a Covid-19, a prioridade deve ir para a partilha de informação, tecnologia de pagamento contactless e seguros médicos abrangentes.
O inquérito revela ainda que os viajantes dão prioridade à informação face às restrições de viagem e saúde, bem como aos pagamentos contactless face aos certificados de testes e vacinas, sugerindo que procuram as ferramentas que lhes permitam gerir com maior segurança a sua própria viagem e os riscos associados. Os viajantes de negócios também se mostram sensíveis em relação ao ambiente económico, com 96% a confirmar que poderiam aderir à política de viagens da companhia se isso significasse que as viagens de negócios seriam justificadas.
Rudy Daniello, vice-presidente executivo Corporations da Amadeus, explica: “As nossas conclusões apontam que os viajantes estão desejosos por viajar se as medidas de segurança adequadas estiverem em vigor, o que é altamente incentivador para a indústria das viagens corporativas. Embora a vacinação vá demorar algum tempo, existem uma série de passos que as empresas de turismo podem dar já para proteger e tranquilizar os viajantes”.
E prossegue: “Novas inovações no pagamento móvel estão a surgir online o que permitirá que os viajantes paguem sem contacto usando os seus telemóveis, diretamente da conta bancária da empresa. Isso afasta a necessidade de terminais de pagamento por contacto ou de recibos em papel com o relatório de despesas a ser automatizado. Os viajantes também pode aceder a informação relacionada com as restrições de viagens, a prevalência da Covid-19 e os fatores de higiene no momento da reserva. Embora hoje possa ser difícil, as inovações tecnológicas podem tornar as viagens de negócios ainda melhores do que em 2019”.