O projeto do Grupo Flagworld iniciou-se há cerca de 12 anos e hoje conta com 26 unidades hoteleiras que, em breve, passarão a 28. Isso mesmo afirmou Luís Roll, CEO do Grupo Flagworld, que participou na semana passada no 34º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, na mesa resonda “Hotel Turnaround – from distressed to distinguished”. O orador confirmou que a ideia na génese do projeto foi abranger desde hotéis em dificuldades a unidades rentáveis. E a estratégia passou por priorizar os recursos humanos, a rentabilidade do negócio, tendo em conta a parte energética, que hoje tem um peso de 15% a 20% na faturação de um hotel e para a qual é importante encontrar soluções, e toda a dinàmica de se criar um grupo com vários hotéis: “É fundamental encontrar um fio condutor”.
A primeira fase deste projeto apontou como meta atingir os 25 hotéis em portfólio, e a estratégia foi sempre recorrer muito pouco à banca: “Vamos investindo à medida que vamos libertando capital”, esclareceu.. Atualmente, o Grupo Flagword está já na 2ª fase, que passa por desenvolver uma marca e por fazer um grande esforço a nível do produto. Luís Roll tem consciência de que, nos primeiros hotéis, o nível de serviço não era extraordinário. Agora, prepara-se já a renovação de quatro a cinco unidades, e os novos hotéis têm que ter hoje um critério muito bem definido antes de abrirem portas.
Nesta integração de hotéis, o Grupo Flagworld procura integrar os recursos humanos, essa é a primeira ideia, embora o orador admita que depois, mediante a performance de cada um, e de “maneira espontânea”, alguns vão ficando e evoluíndo, e outros haverá que optam por sair. Mas “o objetivo é sempre mantermos as equipas”.
Também relativamente aos fornecedores, na aquisição de novos hotéis, Luís Roll avança que “o respeito é a regra número 1” e, por essa razão, há sempre uma negociação para se chegar a um acordo, no sentido de ambas as partes se aproximarem dos objetivos propostos.
Por Inês Gromicho, no Congresso da AHP, no Funchal.
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