A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) juntou-se a mais quatro confederações – Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) – para criarem o Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP), uma plataforma que pretende reforçar e acelerar a recuperação do tecido empresarial e da economia nacional.
Conscientes das suas responsabilidades neste momento crucial da economia portuguesa, as cinco confederações representantes de setores estratégicos para o país decidiram juntar as suas vozes no CNCP, assumindo o compromisso de defender as empresas face à adversidade que as ameaça e à urgência de colocá-las no centro da recuperação, que deverá assentar numa nova geração de políticas públicas e na utilização eficiente, rigorosa e transparente dos recursos públicos, nacionais e europeus.
O CNCP assume, desta forma, um papel mobilizador das empresas representadas nas confederações que o constituem, fazendo ouvir a sua voz na defesa dos seus interesses comuns e das causas matriciais que partilham, como o primado da iniciativa privada e da economia de mercado, a defesa das empresas, a promoção do empreendedorismo, assim como a dignificação dos empresários e a valorização dos seus colaboradores.
Numa perspetiva de médio e longo prazo, as confederações assumem, na sua atuação comum, a defesa de um enquadramento favorável para que as empresas vençam cinco grandes desafios transversais com que se defrontam:
– Recuperar clientes e mercados e adotar novas estratégias comerciais, num cenário de instabilidade, imprevisibilidade e mudança de hábitos dos consumidores;
– Aumentar a competitividade à escala internacional, apesar das políticas de apoio mais generosas e dinâmicas dos mercados concorrentes;
– Captar e reter recursos humanos com as competências adequadas à requalificação dos recursos humanos, sobretudo na área das competências digitais, e regeneração das empresas;
– Alcançar estruturas financeiras mais sólidas por forma a aumentar a sua resiliência, impulsionando a recuperação e o crescimento;
– Adequar e programar novos investimentos face aos novos desafios e à incerteza dos mercados, acelerando a introdução de novas tecnologias.
Acelerar a recuperação e encetar um novo ciclo de crescimento
A urgência em preservar a sobrevivência do maior número possível de empresas, evitando o colapso de boa parte do tecido empresarial e a consequente escalada do desemprego, agravamento da crise social e destruição de capacidade produtiva, impõe a necessidade de delinear estratégias de médio e longo prazo para reforçar e acelerar a recuperação e encetar um novo ciclo de desenvolvimento, sólido e sustentado, referem na nota de imprensa. Os recursos financeiros disponibilizados pela União Europeia, seja através do Plano de Recuperação e Resiliência, seja através do próximo Acordo de Parceria e respetivos programas, deverão ser alocados coerentemente com essa estratégia económica. O CNCP propõe-se a trabalhar em estreita ligação com o Governo no sentido de assegurar a reorientação do nosso modelo de crescimento e de desenvolvimento económico e social com vista à recuperação nacional.