Em novembro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes (+9,2%) e 4,6 milhões de dormidas (+7,5%), gerando 329,4 milhões de euros de proveitos totais (+13,3%) e 243,5 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,2%). Comparando com novembro de 2019, continuam a registar-se aumentos mais expressivos, +43,2% nos proveitos totais e +46,8% nos relativos a aposento.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 43 euros (+7,6%; +13,9% em outubro) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 91,9 euros (+5,2%; +10,5% em outubro). O ADR atingiu o valor mais elevado na AM Lisboa (127,1 euros), seguindo-se o Norte (84,6 euros) e a RA Madeira (81,3 euros).
Entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira (quota de 6%) voltou a ficar aquém dos níveis de 2019 (-6%), depois de em outubro ter superado este nível pela primeira vez desde o início da pandemia (+1,5% face a outubro de 2019).
No período acumulado de janeiro a novembro de 2023, as dormidas cresceram 10,8% (+1,6% nos residentes e +15,3% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 20,4% nos proveitos totais e 21,6% nos relativos a aposento (+40,1% e +42,9%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019). Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 30,6 milhões de hóspedes e 80,9 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a novembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 12,8% e 10,5%, respetivamente. As dormidas de residentes aumentaram 2,0% e as de não residentes cresceram 15,1%.
Proveitos acumulados até novembro com crescimentos superiores a 20%
Os proveitos totais cresceram 13,3% em novembro (+17,3%, em outubro), atingindo 329,4 milhões de euros, e os relativos a aposento aumentaram 13,2% (+18,7%, em outubro), ascendendo a 243,5 milhões de euros. Comparando com novembro de 2019, registaram-se aumentos de 43,2% nos proveitos totais e 46,8% nos relativos a aposento.
No período acumulado de janeiro a novembro de 2023, os proveitos totais cresceram 20,4% e os relativos a aposento aumentaram 21,6%. Neste período, os proveitos totais atingiram 5,7 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 4,4 mil milhões de euros. Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, +40,1% e +42,9%, respetivamente.
Em novembro, a AM Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (42,4% dos proveitos totais e 45,4% dos proveitos de aposento, respetivamente), seguida pelo Norte (16,4% e 16,5%) e pelo Algarve (13,9% e 12,3%).
Os maiores crescimentos ocorreram no Alentejo (+20,5% nos proveitos totais e +20,3% nos de aposento), no Norte (+18,4% e +17,3%) e na RA Madeira (+17,2% e +18,7%). Face a novembro de 2019, continuaram a destacar-se as regiões autónomas (RA Madeira com +68,9% nos proveitos totais e +83,8% nos de aposento e RA Açores com +49,2% e +50,1%, pela mesma ordem).
No período acumulado de janeiro a novembro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na RA Açores (+27,0% e +28,6%), na AM Lisboa (+25,1% e +26,5%), no Norte (+25% e +26,1%, respetivamente) e na RA Madeira (+24,1% e +27,1%). Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +61,3% e +63,2%, respetivamente, e a RA Madeira com +59,7% e +71,9%).
Em novembro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,8% e 86,1% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 13,1% e 13,0%, respetivamente. Face a novembro de 2019, registaram-se crescimentos de 41,2% e 45,2%, pela mesma ordem.
Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,1% e 10,9%, respetivamente), registaram-se aumentos de 15,8% nos proveitos totais e 14,5% nos proveitos de aposento. Comparando com novembro de 2019, observaram-se crescimentos de 51,7% e 51,5%, respetivamente.
No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,1% nos proveitos totais e 3% nos de aposento), os aumentos foram de 13,0% e 11,8%, respetivamente. Face a novembro de 2019, os proveitos neste segmento aumentaram 88% e 83,7%, pela mesma ordem.
ADR abrandou e registou o menor crescimento do ano
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (82,1 euros), na RA Madeira (57,2 euros) e no Norte (35,6 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+14,7%), no Alentejo (+12,7%) e no Algarve (+12,6%).
Em novembro, este indicador deu sinais de abrandamento em todos os segmentos, crescendo 8,8% na hotelaria (+14,9% em outubro), 4,6% no alojamento local (+11,7% em outubro) e 0,9% no turismo no espaço rural e de habitação (+14,5% em outubro).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o ADR atingiu 91,9 euros, +5,2% em relação ao mesmo mês de 2022 (+10,5% em outubro). Face a novembro de 2019, o ADR cresceu 30,3%. A AM Lisboa registou o valor mais elevado de ADR (127,1 euros), seguindo-se o Norte (84,6 euros), a RA Madeira (81,3 euros) e o Alentejo (78 euros). Os acréscimos mais expressivos verificaram-se nas regiões autónomas, +11,0% na RA Madeira e +7,4% na RA Açores, seguindo-se o Norte (+7,3%).
Em novembro, o ADR cresceu 4,8% na hotelaria (+11,1% em outubro) e 9% no alojamento local (+8,6% em outubro), atingindo 93,8 euros e 77,6 euros, respetivamente. No turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 1,8% (+7,3% em outubro), atingindo 102,1 euros.
Lisboa concentrou 1/4 das dormidas em novembro
Em novembro de 2023, do total de 4,6 milhões de dormidas (+7,5%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 74,8% concentraram-se nos 23 principais municípios.
O município de Lisboa concentrou 24,8% do total de dormidas em novembro (13,5% do total de dormidas de residentes e 29,5% de não residentes), atingindo 1,1 milhões (+4%; -0,7% nos residentes e +5% nos não residentes).
No Funchal, registaram-se 480,5 mil dormidas (quota de 10,5%), o que se traduziu num crescimento de 6% (-9% nos residentes e +8,3% nos não residentes). No Porto, registaram-se 383,9 mil dormidas (8,4% do total), representando um acréscimo de 12,3% face a novembro de 2022 (+5,2% nos residentes e +14,1% nos não residentes).
Face a novembro de 2019, os maiores crescimentos registaram-se em Vila de Bispo (+63%), Lagos (+48,4%), Funchal (+32,4%) e Faro (+31,7%). Em sentido contrário, os maiores decréscimos ocorreram em Braga (-11,4%), Coimbra (-11,3%), Lagoa (-7,8%) e Vila Real de Santo António (-7%).
No acumulado de janeiro a novembro de 2023, e entre os principais municípios, destacaram-se os crescimentos registados em Ourém (+33%; +8,7% nos residentes e +50,4% nos não residentes) e no Porto (+22,8%; +8,5% nos residentes e +25,7% nos não residentes). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos nos municípios de Vila Real de Santo António (-4,5%; -13,3% nos residentes e +3,2% nos não residentes) e Lagoa (-0,5%; -13,7% nos residentes e +3% nos não residentes).