A Lusanova apresentou ontem a sua programação para 2024/2025 em Lisboa, depois de ter estado no Porto com o mesmo roadshow de divulgação da oferta. Luís Lourenço, administrador da Lusanova, afirmou à imprensa que a procura tem sido grande. exemplificando que, até à passada sexta-feira, dia 1 de março, e comparativamente com o ano de 2019, o operador está 15% acima das vendas a nível global. “Está a haver muita procura, houve uma aceleração e está a haver um apetite pelas vendas, que anteciparam bastante”, sublinhou o responsável, que espera que esta tendência se mantenha até ao final do ano.
Já Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, afirmou que 2023 “foi um bom ano”, tendo o operador crescido 10% face a 2019 e em média 50% relativamente a 2022. 60% das reservas foram para a Europa e os restantes 40% para destinos de longo curso. Os circuitos cresceram, em média, cerca de 25%.
As vendas durante a BTL continuam até ao final do mês de março, tendo o operador prolongado a campanha que terminaria dia 10, tal como já aconteceu em 2023. E, afirma o responsável, “estão a correr bem”, com grande procura para a Índia e Japão, a nível dos grandes destinos.
A nível de destinos, destaque para o crescimento da Argentina e do Chile; já Índia, que demorou mais tempo a arrancar, acabou por atingir os valores de 2019. Por sua vez o Japão registou “o melhor ano de sempre”, e era um destino em que, tradicionalmente, a Lusanova não tinha grande expressão.
Tiago Encarnação adiantou ainda que, a nível global, em Portugal, a Lusanova deverá fechar o ano próximo dos 30 milhões de euros a nível de faturação.
O crescimento do operador turístico português é atribuído pelo diretor de operações a cinco grandes aéreas onde houve investimento. Por um lado, a diversidade crescente do produto, com a Lusanova a oferecer cada vez mais destinos. O investimento foi também em tecnologia, sendo que o sistema de reservas do operador hoje em dia está “mais robusto, mais friendly e permite mais reservas online para a maioria dos nossos destinos”, explica.
Uma terceira área prende-se com o investimento em recursos humanos, sendo que o operador começou por reforçar a área comercial, no ano passado, no Porto, mas este reforço se estendeu também às equipas do produto, sobretudo para um melhor atendimento no que diz respeito aos orçamentos à medida. Até porque, refere Tiago Encarnação, “o cliente hoje em dia procura muito a personalização da viagem, já foge do pacote pré-definido” e “nós temos essa capacidade de adaptar o pacote às necessidades do cliente”.
A formação foi outra grande área de aposta da Lusanova, não só em webinares mas também com ações presenciais já no início deste ano em várias cidades do país; e ainda com as famtrips, que no ano passado totalizaram as cinco e este ano vão continuar.
Por fim, destaca o gestor, a sustentabilidade, sendo que a Lusanova “é o primeiro operador com certificado sustentabilidade”, algo que Tiago Encarnação reconhece ser ainda “o princípio” mas em relação ao qual o operador está empenhado em evoluir.
O diretor de operadores da Lusanova sublinha ainda que a missão continua a ser, ao longo destes 65 anos, “estar próximo do agente de viagens, entregar uma programação diversificada mas segura, com destinos onde somos competitivos e onde colocamos a segurança que é exigida à nossa marca, e com a melhor relação qualidade/ preço”.
As novidades da programação
No que se refere à programação para 2024/2025, a Lusanova apresenta, a nível de circuitos regulares, tanto ibéricos como Europa, mais de 100 circuitos, dos quais mais de 40 com guia em língua portuguesa, com partidas garantidas e, muitos deles, com novos hotéis, pois reforçou a contratação. Em média, refere Tiago Encarnação, “temos três a quatro partidas por mês nos nossos circuitos clássicos”.
O Porto conta este ano com mais partidas no que se refere aos circuitos ibéricos, algumas até em exclusividade.
Já a Itália, o principal destino da Lusanova, a grande novidade é a partida de Roma com a Costa Amalfitana.
Houve ainda um reforço da programação para a Alemanha, que ganha mais um circuito. E mais dois circuitos na Suíça e Áustria. Em França, o operador conta com o circuito “No coração do Loire” que permite fazer também combinado com Paris. Já na Escandinávia, houve reforço com o circuito “Saga Nórdica” com um cruzeiro a Ávila.
Os antigos circuitos de grupos exclusivos foram readaptados e surgem agora como Circuitos Lusanova Plus, com maior acompanhamento, preço fixo e para vários destinos do mundo.
Este ano, a Lusanova lançou ainda as Escapadas que são, no fundo, city breaks para mais de 12 destinos, dentro e fora da Europa, e que incluem transferes, visitas e permitem ainda visitar as cidades com maior acompanhamento, tendo também a opção de tempo livre que possibilita uma maior personalização da viagem.
Nos Grandes Destinos, o operador conta com cada vez mais produtos com reservas online e com a possibilidade de fazer reservas à medida. África e Médio Oriente mantiveram a sua programação, este ano com uma promoção de venda antecipada para o Egito que sairá em breve. Houve reforço de Marrocos com mais um circuito.
Na Ásia, foi novamente lançado o catálogo da Índia, com Sri Lanka e Nepal, que permite combinados com as Maldivas. A novidade este ano é a China, que foi relançada depois da pandemia, com cinco novos circuitos, e o Japão, com guia português.
No Sudeste Asiático, a Lusanova mantém a sua programação, com dois novos itinerários, um deles a ser lançado mais tarde, com partida a novembro, para o Festival das Lanternas.
No continente americano, a programação para o Canadá e EUA mantém-se, e a Argentina e o Chile contam com um catálogo lançado em agosto. O Brasil conta com três itinerários.
Por Inês Gromicho