Depois de atravessar uma pandemia que paralisou o mundo e os negócios, e agora com a inflação na mira há largos meses, o setor hoteleiro parece estar preocupado em gerir e controlar os custos.
É neste sentido que atua a ERA (Expense Reduction Analysts), uma consultora financeira que tem intervindo junto da Hotelaria, com “uma avaliação dos custos operacionais das empresas do setor. Analisar os custos com os Alimentos e Bebidas (F&B), a manutenção das instalações, agências de emprego, seguros, custos bancários, frota, resíduos e outros gastos indiretos pode mudar o jogo”, começa por dizer Inês Trigueiros, partner da ERA.
O principal objetivo da empresa é ajudar na buscar por maior rentabilidade, sendo que a indústria hoteleira parece estar particularmente preocupada com a inflação: “tem-se destacado o aumento dos custos operacionais dos hotéis (como salários e custos de manutenção mais altos), que estão a pressionar as margens de lucro”. Questões como interrupções na cadeia de abastecimento, atração e retenção de talento e sustentabilidade também são colocadas em cima da mesa pelas empresas do setor.
“É mais do que ajudar a poupar dinheiro: estamos aqui para trazer algum benefício real em termos de serviço e qualidade para a organização”
A verdade é que a inflação tem sido sentida tanto pelas empresas como pelos clientes, pois “era inevitável que começassem a passar esse custo para os consumidores, ao que assistimos sobretudo desde o segundo semestre de 2022, mas de forma mais notória desde o início deste ano”.
Desta forma, as empresas interessadas em ter ajuda da ERA podem enviar uma simples mensagem para “solicitarem uma cópia da nossa brochura e para saberem mais sobre as oportunidades de poupança que podemos gerar em conjunto”, incentiva Inês Trigueiros, acrescentando que “os nossos processos, recursos e sistemas garantem um impacto mínimo nos recursos internos de cada um dos nossos clientes. Primeiro, analisamos em profundidade a situação atual em cada uma das rubricas de custo em que há potencial de poupança, para depois apresentarmos um relatório de opções com base no nosso know-how e na longa experiência nos mercados de fornecedores, para mostrarmos onde podem ser conseguidas poupanças. Assim que a organização tiver feito a sua escolha, implementamos o processo de poupanças na empresa e, ao longo dos 24 meses seguintes, fazemos o seguimento das poupanças reais obtidas no relatório de desempenho, que são a base da nossa remuneração”.
A consultora garante que “a capacidade de produzir e, em simultâneo, reverter proporcionalmente os custos associados faz com que se torne mais rentável e cresça”. O segredo é fazer os cortes onde é realmente essencial, distinguindo os custos dispensáveis “daqueles que mantém o negócio a funcionar com a qualidade que os clientes exigem”.
“Ao longo do processo, colaboramos com as empresas numa base integralmente transparente, permitindo-lhes manter o controlo de todos os aspetos principais do compromisso”
Definir uma estratégia equilibrada é o primeiro passo para o sucesso: “na ERA, acreditamos que otimizar custos é tão importante quanto recuperar vendas”, explica a partner da consultora, que garante que este patamar é o salto para a sustentabilidade das empresas.
Na perspetiva futura da ERA, a inflação não parece dar sinais de abrandar, apesar dos custos de energia terem baixado nos últimos meses, e “a capacidade de atrair mão de obra parece continuar a ser o grande desafio”. Além disso, as empresas do setor hoteleiro que não estão orientadas para o mercado de luxo podem ser afetadas pelo aumento de preços, devido à inflação, pois “a redução de regalias ou o corte direto em determinados custos afeta a imagem do setor”.
Por Diana Fonseca