A Quinta do Martelo – Centro Etnográfico e Gastronómico, na ilha Terceira, acaba de conquistar pelo 14º ano consecutivo o galardão Green Key.
Em comunicado, o estabelecimento indica que estes reconhecimentos são “fruto de um trabalho honesto e empenhado” que teve e tem por objetivo supremo a “apresentação de um produto turístico simultaneamente com uma forte carga cultural”, a par de “preocupações ambientais e de sustentabilidade que cultivamos desde a primeira hora”.
Todos os prémios são “recebidos com muita satisfação”, mas aquele que mais apreciam é o que “felizmente temos conquistado com uma assiduidade notável: o reconhecimento, por parte dos nossos clientes, do resultado de todo este continuo esforço de recuperação dos modos de vida que caraterizaram esta terra ao longo de séculos e pô-los à disposição de quem nos visita, para usufruto e memória”, diz a o centro.
Na atual situação do movimento turístico a nível internacional, resultante da pandemia que alterou todos os paradigmas deste setor, a Quinta do Martelo considera que, “uma vez mais, unidades como esta e Associações como as Casas Açorianas têm um papel fulcral no relançamento da atividade nos Açores, pelo que representam de originalidade e diferenciação da oferta, no seio do destino Açores”.
O troféu Green Key é atribuído a empreendimentos que se preocupam com um melhor ambiente, destacando a tendência de garantir que o turista opte pela forma de atuação sustentável. Uma vez distinguidas, as unidades ficam obrigadas a melhorar ainda mais as condições pelas quais foram premiadas em edições anteriores. Neste capítulo, em que o regulamento do prémio é cada vez mais exigente, a Quinta do Martelo tem feito um esforço contínuo de melhorias, nomeadamente no que respeita às energias renováveis, mas pode-se melhorar ainda mais, só que são investimentos avultados que necessitam de apoios para a sua concretização.
Trata-se de um prémio internacional que distingue as boas práticas ambientais, a vários níveis, nomeadamente as energéticas, as de educação ambiental na área do turismo sustentável, bem como a autenticidade sociocultural dos territórios de acolhimento e conservando a sua identidade cultural. Tem por objetivo, igualmente, a partilha equitativa dos benefícios socioculturais, designadamente ao nível de emprego estável e de qualidade.
Há longa data, a Quinta do Martelo tem apostado na produção de bens alimentares próprios, por meios de cultura biológica e métodos ancestrais, produtos que são utilizados na confeção dos pratos que são servidos no restaurante da quinta, naquilo que hoje se denomina no conceito internacional como “farm-to-table”. E isso inclui culturas desde pomares, leguminosas, tubérculos, plantas aromáticas e medicinais e variadas espécies de hortícolas, para confeção de pratos típicos. Foi esse trabalho, “meticuloso e sem cedências”, que valeu à Quinta do Martelo a conquista do “primeiro prémio nacional “Horta do Chef”, na única edição deste troféu realizada em Portugal”.