A Ryanair anunciou hoje uma redução adicional de 20% na capacidade de outubro (para além da redução de 20% já anunciada em meados de agosto). A Ryanair espera agora que a capacidade de outubro caia de 50% para cerca de 40%, em comparação com os níveis de outubro de 2019. No entanto, a companhia espera manter um load factor superior a 70%.
A Ryanair confirmou que estas reduções na capacidade são necessárias devido ao impacto causado pelas contínuas mudanças nas políticas e restrições de viagens dos Governos da União Europeia (UE), muitas das quais são introduzidas sem aviso prévio, prejudicando a intenção dos consumidores de realizar reservas com antecedência.
Em alguns países (sobretudo na Irlanda), onde os Governos têm mantido restrições de viagem excessivas e deficientes desde 1 de julho, as taxas de Covid-19 aumentaram para 50 por cada 100.000 habitantes nas últimas semanas, mais do dobro das taxas verificadas na Alemanha e Itália, onde as viagens aéreas intracomunitárias estão permitidas desde 1 de julho.
A Ryanair acolhe positivamente o plano da Comissão Europeia para eliminar as restrições de viagem intra-UE, sujeito apenas à atualização semanal do ECDC sobre a evolução dos casos e taxas por país e região, e apela a que esta abordagem coordenada seja imediatamente implementada por todos os Estados da UE, especialmente a Irlanda, para que os cidadãos da UE possam reservar viagens familiares e de negócios, livres da preocupação de possíveis cancelamentos de voos e/ou restrições de quarentena ineficientes.
Um porta-voz da Ryanair afirmou: “Estamos desapontados por reduzir a nossa capacidade de outono de 50% (em relação a 2019) para 40%. A confiança dos clientes está a ser prejudicada pela má gestão governamental em relação a políticas de viagens, muitos clientes da Ryanair não podem viajar por razões profissionais ou familiares urgentes sem serem sujeitos a quarentenas ineficientes de 14 dias.”
“Ainda é demasiado cedo para tomar decisões finais no que diz respeito à nossa programação de inverno (de novembro a março), no entanto se as tendências atuais e a má gestão dos governos da UE no que concerne ao regresso das viagens aéreas e da atividade económica normal continuarem, então poderá ser necessário introduzir reduções na capacidade semelhantes durante o período de inverno.”
“Apelamos ao ministro dos Transportes da Irlanda, Eamon Ryan, para explicar por que razão, mais de 2 meses depois, ainda não implementou nenhuma das 14 recomendações apresentadas no passado 7 de julho pelo Grupo de Trabalho para a Aviação. Deve também explicar porque é que a NPHET (National Public Health Emergency Team) manteve a Irlanda bloqueada como a Coreia do Norte desde 1 de julho, ao mesmo tempo que a Itália e a Alemanha eliminaram todas as restrições de viagens intra-UE e possuem taxas de Covid inferiores às taxas verificadas na Irlanda. As viagens aéreas intra-UE não são o problema e estas proibições de viagens ineficientes não são uma solução”, termina.