A Ambitur.pt esteve à conversa com Nicolas Henin, diretor comercial da Transavia France, para saber como correu a operação de verão e quais as expectativas para o inverno.
Qual é o balanço do verão IATA?
Parece que os nossos clientes estão de volta e o verão 2023 tem refletido essa ânsia pela retomada das viagens em todo o mundo. No caso de Portugal, mercado histórico e estratégico para o nosso mercado global de operação, foi novamente o primeiro da nossa operação na França e o terceiro da operação no Países Baixos e Bruxelas (Bélgica). No total, de e para cinco aeroportos portugueses (Lisboa, Porto, Funchal, Faro e Ponta Delgada), a Transavia transportou 672 mil passageiros durante julho e agosto. Transportaram-se 425 mil passageiros entre Portugal e França, um aumento de 19% face ao mesmo período do ano passado, e 247 mil passageiros – um aumento homólogo de 16% – de e para Holanda e Bélgica.
Quais as rotas mais populares? Qual foi a taxa de ocupação?
A Transavia operou 23 rotas de Portugal para França, Holanda e Bélgica neste verão. Em França, com uma taxa de ocupação média de 88%, as três rotas mais populares no verão foram Porto-Paris Orly, com 69 mil passageiros transportados, seguida de Lisboa-Paris Orly e Faro-Paris Orly, com um total de 56.300 e 31.400 passageiros, respetivamente. Já com uma taxa de ocupação média de 94%, as três principais rotas de e para os Países Baixos foram Faro–Amesterdão (55 mil), Faro–Roterdão (36 mil) e Lisboa–Amesterdão (31 mil). A Transavia regressou assim aos níveis de ocupação anteriores à pandemia, com uma taxa de ocupação global de 90%.
Que avaliação faz dos passageiros transportados de e para Portugal?
O perfil principal dos passageiros transportados de e para Portugal permanece praticamente o mesmo do período pré-pandemia, sendo os clientes de lazer os passageiros mais frequentes nos dois sentidos, com viajantes a tentar aproveitar destinos memoráveis na Europa, mas também aqueles que visitam amigos e familiares. Ao mesmo tempo, embora ainda não totalmente recuperadas, vivenciamos mais uma vez uma tendência ascendente das viagens de negócios, também nos dois sentidos. Em termos de comportamento de reserva, estamos a observar uma tendência de reservas mais antecipadas do que no ano passado.
Qual foi a tarifa média das viagens em comparação com o mesmo período do ano passado?
Não temos essa informação para divulgar. No entanto, devemos sublinhar que as nossas tarifas começam nos 34 euros só ida. Atualmente, o nosso objetivo é sempre oferecer diversas opções de viagens com preços pequenos.
Os resultados alcançados permitem pensar num aumento da oferta para o próximo verão?
É muito cedo para poder divulgar tais informações. Contudo, já podemos confirmar que, por exemplo, a rota Faro–Bruxelas, inaugurada em junho de 2022, deverá crescer 56% no próximo verão.
Quais as expectativas para o inverno IATA nas ligações para Portugal?
Relativamente ao IATA Inverno 2023-24, esperamos que esteja nos níveis de 2019, em termos de ocupação. Em termos de oferta, tal como um mercado histórico e fundamental para nós, estamos a fazer o máximo para garantir que possamos atender à procura dos nossos clientes e necessidades quando viajam de e para Portugal.
Quais serão as novas rotas?
Nenhuma nova rota está planeada na próxima temporada. Naturalmente, estamos sempre a olhar para oportunidades nos mercados onde operamos, incluindo em Portugal.
Quais destinos tendem a ser mais populares na baixa temporada?
Paris ou Amesterdão são destinos populares durante todo o ano, mas Lyon, em França, perto dos Alpes, ou Roterdão, na Holanda, também são locais da moda para visitar na época baixa. Na verdade, com todas as coisas incríveis e propostas requintadas de escapadelas e fins de semana mais prolongados oferecidas hoje em dia, este período é cada vez menos época baixa.
Tem notado algum constrangimento na obtenção de slots nos aeroportos portugueses?
Além de aproveitar esta oportunidade para reconhecer a nossa forte e longa relação com a ANA/Vinci, devemos dizer que estamos a obter todas as slots necessários para responder adequadamente à procura dos nossos clientes.
Por Diana Fonseca