Dar-lhe a conhecer melhor os profissionais que trabalham no setor da hotelaria é o objetivo desta rubrica. Hoje está em destaque Paulo Sassetti, diretor regional de Operações do Grupo Hoti Hotéis na Zona Centro.
Filho mais novo de nove irmãos, hoje com 21 sobrinhos, 33 sobrinhos netos e duas “cadelinhas lindas que preenchem a minha vida de forma mais colorida e especial”, Paulo Sassetti nasceu no Porto, a 11 de junho de 1966. Uma cidade que afirma considerar como a sua segunda casa e onde ainda hoje preserva amigos e muitas vivências, isto embora 90% da família seja de Lisboa.
A infância foi portanto passada entre a Invicta, Lisboa e Pocariça (Cantanhede). Paulo tem excelentes memórias de uma família grande e muito unida, com muitos primos e amigos. E lembra-se que, desde os 16 anos, sempre gostou de organizar festas temáticas, rodeado de muitos amigos e boa disposição. A verdade é que sempre o descreveram como um excelente Relações Públicas e confessa que se revê muito neste papel pois adora socializar e falar com pessoas.
A sua grande paixão por viajar e por bem receber os outros levou-o a fazer a sua formação em Gestão Hoteleira, sempre com o intuito de defender e representar a sua empresa, priorizando os seus clientes e oferecendo um serviço de excelência e qualidade. Isto porque, defende, “se nos queremos destacar pela positiva, seja em que área for, temos de «vestir a camisola» com amor, gosto e dedicação, e só assim os resultados positivos surgirão”.
Como e quando iniciou a sua carreira na Hotelaria?
Em 1984, decidi ir estudar Hotelaria, na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. Com duas Bolsas de Estudo, segui os estudos em Cornell University, nos Estados Unidos da América. Posteriormente, estagiei nas cidades de Paris e Londres, no Grupo Meridien e no Intercontinental.
O que o apaixona no setor hoteleiro e ainda hoje o faz continuar a querer estar nesta indústria?
Antes de mais, a minha paixão por viajar e por gostar muito do contacto com o público. Encanta-me a hospitalidade, o saber receber e saber acolher bem as pessoas.
Poder oferecer e proporcionar uma experiência com requinte e conforto a quem nos visita. Só assim, faz sentido a profissão que decidi abraçar.
Prezo o dinamismo da Hotelaria, onde não existe rotina nem monotonia, sendo que todos os dias surgem novos desafios e novos clientes.
A chegada ao atual grupo deu-se quando e como?
A chegada à Hoti Hoteis deu-se após 14 anos no Grupo Accor, através de um convite por parte do Dr. Manuel Proença, presidente do Grupo Hoti Hoteis, para abraçar a função de diretor de Operações do Grupo Hoti Hoteis. Cargo esse que agradeço a confiança que me foi dada, trabalhando todos os dias, para estar à altura do mesmo.
E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo hoteleiro até aos dias de hoje?
No Grupo Hoti Hoteis, iniciei funções no Tryp Lisboa Oriente em 2010. Quatro anos depois, fiz a abertura do atual Melia Lisboa Aeroporto, e já em 2017, foi a vez de inaugurar o Hotel Star inn Lisbon.
Estive à frente da operação do Hotel Tryp Caparica, durante os primeiros meses, e estive envolvido nas aberturas tanto do Hotel Melia Setúbal em 2018, como do Moxy Lisboa Oriente em 2021. Estive ainda a dar apoio nas renovações do Hotéis Melia Lisboa Oriente e Melia Lisboa Aeroporto.
Têm surgido desafios interessantes, e consequentemente tenho crescido como pessoa e profissional.
Como define as suas funções dentro do grupo atualmente? E que tipo de gestão procura fazer em termos de equipa?
Enquanto diretor Regional de Operações da Hoti Hoteis na Zona Centro, coordeno e dou apoio aos diretores dos Hotéis Melia Castelo Branco, Tryp Leiria, Star inn Peniche, Moxy Lisboa Oriente, Melia Lisboa Oriente, Hotel Tryp Caparica e Melia Setúbal. Acumulo esta função com a de diretor do Melia Lisboa Aeroporto e do Star inn Lisbon.
Procuro fazer uma gestão de proximidade, zelando pela autonomia e criatividade das nossas equipas, sempre em busca dos melhores resultados. Tenho consciência, que uma equipa motivada, é uma equipa leal, e que representará resultados positivos.
Saber ouvir é tão importante como dar o exemplo. Acredito que um pensamento e atitude certa pela manhã é suficiente para atrair boas energias e tornar o meu dia leve e de quem trabalha comigo, num dia leve, positivo e produtivo.
Quais os momentos que o marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?
Os momentos que mais me marcaram profissionalmente, de forma positiva, foi a responsabilidade e compromisso das várias aberturas em que estive na linha da frente: Mercure Póvoa de Varzim, Mercure Arrábida, Tryp Lisboa Aeroporto, Star inn Lisbon, Moxy Lisboa Oriente.
Outro ponto de destaque na minha carreira foi em 1998, quando organizei um evento gastronómico e consegui contar com a participação dos maiores Designers de Moda e Modelos, que estiveram a cozinhar na unidade hoteleira onde estava: Fátima Lopes, Nuno Gama, Miguel Vieira, Maria Gambina, Nayma e Ana Borges, entre muitos outros.
Em 2018, assinalei os “20 Anos de Gastronomia da Moda”, no Tryp Lisboa Aeroporto (atualmente Melia Lisboa Aeroporto), onde, para além dos nomes já mencionados, contámos também com Ana Salazar, João Rolo e StoryTailors.
Em relação aos momentos menos positivos, não poderia deixar de destacar a pandemia Covid 19, que nos obrigou a uma gestão completamente díspar da que estávamos habituados. Durante estes tempos mais conturbados, o foco manteve-se no bem estar dos clientes mas principalmente das nossas equipas, que foram bastante fustigadas com toda a incerteza e tempos difíceis que se viveram, ainda assim, e perante tantas adversidades, conseguiram/conseguimo-nos reinventar e manter a qualidade para a satisfação dos nossos clientes. Tenho de enaltecer e felicitar mais uma vez todo o Staff que esteve sempre comigo, ajudando-me a superar todos os desafios inerentes a essa altura.
Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?
Tudo indica que o ano de 2023 vai ser ainda melhor do que 2022, que conquistou o patamar de melhor ano de sempre da Hoti Hoteis. Contudo, vários desafios terão de ser ultrapassados, como conseguir contratar staff qualificado e também, em termos de projetos, avançar com uma Academia de Formação Hoti Hoteis. Para além disto, o aumento da taxa de inflação e dos custos energéticos será um desafio para a nossa gestão em 2023.
Viver é enfrentar desafios, 2023 irá ser um ano cheio de trabalho e desafios, porém, no trabalho como na vida, a mesma está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades. Pensamento positivo, sempre.