O XIX Congresso da ADHP terminou na passada sexta-feira, no Algarve, e Nuno Fazenda, secretário de Estado Turismo, Comércio e Serviços, participou da sessão de encerramento do evento, afirmando que uma das grandes prioridades do Governo são as pessoas, “o maior ativo do turismo”. E, como o turismo é uma indústria de pessoas para pessoas, uma das primeiras medidas que o governante tomou foi a aposta numa agenda estratégica para as profissões do turismo, apresentada na semana passada. Trata-se de uma agenda com dados e diagnósticos, prioridades estratégicas e 20 medidas e projetos. Isto porque, explicou, “se queremos continuar a ser competitivos, temos de ter as pessoas no centro da ação política e naquilo que diz respeito às suas prioridades”.
“se queremos continuar a ser competitivos, temos de ter as pessoas no centro da ação política e naquilo que diz respeito às suas prioridades”
Nesse âmbito, Nuno Fazenda apresentou alguns dos projetos que pretende concretizar. Um deles passa por uma campanha de valorização dos profissionais de turismo pois “temos que valorizar mais aqueles que trabalham na área”, disse. Também adiantou que pretende trabalhar na revisão das categorias dos profissionais de turismo, tendo inscrito isso como uma prioridade. Além disso, referiu a celebração de um protocolo, o Cartão Atlas, ao qual várias instituições se podem juntar para proporcionar benefícios aos profissionais do turismo.
“Temos que diferenciar positivamente as empresas que acolhem e empregam melhor, que têm uma empregabilidade positiva e inclusiva”
Por outro lado, o secretário de Estado do Turismo revelou que o Governo está também a trabalhar, no âmbito do Portugal 2030, no reforço das linhas de apoio, com uma majoração do financiamento para as empresas com boas práticas laborais. “Temos que diferenciar positivamente as empresas que acolhem e empregam melhor, que têm uma empregabilidade positiva e inclusiva”, explicou.
Já no domínio da formação, o responsável lembrou que há um plano nacional para modernizar e equipar ainda mais as escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal. E ainda que serão intensificados os programas de formação no domínio da internacionalização das empresas e da capacitação dos empresários.
São portanto várias as medidas enquadradas na agenda para os profissionais do turismo e Nuno Fazenda recordou que se trata de um documento “aberto” e em construção, ao qual mais projetos e iniciativas se podem juntar.
“só trabalhando em conjunto podemos continuar a ser mais competitivos na esfera internacional”
No contexto desta agenda, o governante apontou que existe um órgão de acompanhamento, do qual a ADHP faz parte também, e para o qual “será chamada a dar um contributo, a escrutinar, a exigir e a dar opinião para que possamos implementar esta agenda e outros projetos”. Isto porque, defendeu, o Governo não pode fazer tudo sozinho, pois “só trabalhando em conjunto podemos continuar a ser mais competitivos na esfera internacional”.
Por Inês Gromicho, no XIX Congresso da ADHP, no Algarve.