A Região de Turismo do Algarve (RTA) conta, sobretudo, com o mercado interno para a época balnear. Os portugueses têm “mais oportunidades” de viajar dentro do seu próprio país e são, tradicionalmente, os que mais procuram o Algarve durante o verão.
João Fernandes, presidente da entidade, durante o Webinar Ambitur “Algarve no Horizonte” (que contou com o apoio da RTA), realçou que “a abordagem de Portugal e que a região, em concreto, também desenvolveu estão hoje a dar frutos” e realça: “Foi muitas vezes a partir do Algarve, e das associações nacionais e regionais do setor, que partiram muitas iniciativas de um processo claramente inovador”. Ou seja, “foi o setor que contribuiu, na maioria dos casos, com regras para a sua atividade“, o que, na perspetiva do responsável, é um “bom princípio” na medida em que “quem desenvolve a atividade é, normalmente, quem sabe mais sobre ela e sobre a forma como poderá salvaguardar questões de segurança”.
A Região de Turismo do Algarve promoveu, ao longo do período de confinamento, várias iniciativas de apoio ao setor tendo contactado cerca de 19 mil empresários da região, para prestar esclarecimentos sobre “a profícua produção legislativa que houve entretanto e que seria normal”. Além disso, foram criados manuais de boas práticas e realizadas ações de capacitação dos agentes turísticos.
Apesar de junho ser já uma “primeira fase de desconfinamento” é também ainda uma fase de certos “condicionamentos e alguns deles não permitem a atividade”, como os bares, discotecas e parques aquáticos. “Ainda estamos a preparar para abrir com segurança”, frisa o presidente da RTA, que não tem dúvidas de que “não teremos um verão igual a tantos outros”. “Estamos a partir quase de uma folha em branco e a reconstruir uma série de oportunidades que vão levar algum tempo até se consolidarem”, reflete.
Mercado interno é o maior emissor para o Algarve
João Fernandes avança que, para a retoma turística, a RTA está a “preparar uma campanha para o mercado interno” consoante uma “perspetiva do que temos para esta época balnear, que será marcadamente mais robusta na vertente do mercado interno”. O responsável vai mais além e atenta que “num agosto típico, o número de dormidas em hotelaria dos portugueses é de 37% no Algarve” sendo já tradicionalmente “o maior mercado emissor” durante a época balnear. Contudo, esta “não é a realidade que temos ao longo do ano” mas “neste momento é claramente o mercado que tem mais oportunidades de viajar e é também, naturalmente, aquele que estamos a tentar captar”. O presidente da RTA considera que a região tem “algumas vantagens” em termos de recuperação face ao “crescimento assinalável que temos tido no último quadrimestre do ano” passado.
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